A síndrome da bexiga hiperativa se caracteriza pela urgência miccional com ou sem incontinência urinária, polaciúria (micção anormalmente frequente) e noctúria (necessidade frequente de urinar à noite), na ausência de outras patologias locais.
No artigo de hoje você compreenderá com mais detalhes o que é a Síndrome da Bexiga Hiperativa e quais são os tratamentos existentes para o quadro.
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Vontade repentina e urgente de urinar, dificuldade para segurar a urina, levantar mais de 1 vez durante a noite para urinar e desconforto ou dor na bexiga após urinar: esses são apenas alguns dos sintomas causados pela Síndrome da Bexiga Hiperativa, uma doença com maior prevalência em idosos mas que também pode afetar indivíduos de todas as idades.
Entre os homens, a bexiga hiperativa pode decorrer da sobrecarga da bexiga causada pela obstrução prostática. Já em crianças, a síndrome pode ocasionar enurese noturna (perda de urina durante o sono), associando o surgimento de refluxo vesicoureteral e infecções urinárias frequentes.
A Síndrome da Bexiga Hiperativa apresenta um impacto negativo na qualidade de vida de seus portadores, sendo responsável pelo surgimento de adversidades de ordem social, psicológica, emocional, física e sexual. Dados apresentados por estudantes da Universidade de Brasília (UNB) mostram estimativas de que até 2018 em todo o mundo, haverá mais de 500 milhões de indivíduos sofrendo com esse distúrbio.
Dados epidemiológicos norte-americanos apontam uma prevalência de 16% em sua população, enquanto no Brasil a estimativa é de 18%.
Sim, a bexiga hiperativa tem cura. No entanto, todos os tratamentos disponíveis devem ser sugeridos e acompanhados por um médico urologista. Por isso, contar com um especialista é muito importante para a saúde e segurança do paciente.
O primeiro passo para o tratamento da Síndrome da Bexiga Hiperativa se dá pelo diagnóstico de um médico urologista. São coletadas informações clínicas, podendo ser necessários exames adicionais para orientar o tratamento, tais como a ultra-sonografia, uretrocistografia e estudo urodinâmico.
Como já mencionado em outros artigos publicados em nosso blog, a primeira abordagem no tratamento da bexiga hiperativa é a modificação comportamental com micções programadas de horário (a cada 2 horas) e o controle da ingesta de líquidos.
Devem ser evitadas bebidas como café, chás, refrigerantes, achocolatados, produtos com aspartame, sucos cítricos e álcool, além de alimentos à noite que retêm líquidos, como melancia e melão. Além disso, é recomendada a interrupção da ingesta hídrica 3 horas antes de dormir.
O tratamento principal baseia-se na medicação. Quando o tratamento medicamentoso falha (pode ocorrer em até 30% das pacientes), uma terapia promissora é a injeção de toxina botulínica na bexiga.
Com anestesia, aplica-se a substância em 30 pontos da bexiga. A durabilidade é de 6 a 9 meses. É necessária a reaplicação após esse período. Por último, quando nada funciona, pode-se implantar um marcapasso da bexiga.
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