A medição do resíduo pós-miccional é uma ação fundamental para a avaliação de possíveis problemas envolvendo a próstata.
Normalmente, as doenças envolvendo essa glândula remetem-nos a um dos maiores problemas da saúde masculina: o câncer de próstata.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão ligado ao Ministério da Saúde, no ano de 2020 foram registrados 65.840 casos de câncer de próstata no país.
Esse número representa 29,2% de todos os casos dessa doença relacionados ao sexo masculino, excetuando-se os problemas de câncer de pele não melanoma.
No entanto, essa doença não é a única a atingir a próstata e outros órgãos do sistema reprodutivo e urinário masculino, quando também podem ser identificados outras doenças, como:
- Hiperplasia benigna da próstata,
- Prostatite,
- Bexiga hiperativa,
- Estenoses de uretra.
Neste post, apresentaremos o resíduo pós-miccional e por que é necessária sua avaliação para verificar possíveis situações que podem causar sérios problemas para a saúde masculina.
Continue lendo e saiba mais a respeito desse assunto!
O que é o resíduo pós-miccional?
O resíduo pós-miccional é a quantidade de urina que fica na bexiga logo depois da micção.
O exame conhecido como Ultrassonografia de Próstata com Resíduo Pós-Miccional torna possível uma avaliação do volume da próstata e a presença de inflamações.
Medir esse resíduo é importante para verificar dois possíveis problemas:
- Enfraquecimento de contração da bexiga,
- Obstrução da uretra.
Nos casos de hiperplasia prostática benigna (HPB), quando o aumento da próstata comprime a uretra, o fluxo miccional sofre alterações.
Como é realizado o exame?
Para a verificação dos números relacionados ao fluxo e resíduo pós-miccional a Ultrassonografia das vias urinárias é recomendada.
Trata-se de um exame não invasivo e seguro, realizado por via abdominal.
Para a sua realização, o paciente deve tomar entre 2 e 4 copos de água uma hora antes do exame, possibilitando que a bexiga fique cheia.
Avaliado o volume da bexiga cheia, o paciente deve urinar, para que se possa mensurar o resíduo urinário, ou seja, medir a retenção urinária relacionando-a com as dimensões da próstata.
Como tratá-lo?
Nos casos onde o diagnóstico apresente a hiperplasia prostática benigna, é importante o monitoramento da situação quando não existam interferências na qualidade de vida do paciente.
Nesses casos, também é importante algumas ações preventivas, tais como:
- Evitar ficar muito tempo sem urinar,
- Diminuir a ingestão de líquidos no final do dia,
- Diminuir a ingestão de café, álcool e substâncias que irritam a bexiga.
Nos casos onde existe o desconforto e queixas com relação ao problema, além das medidas já citadas, o uso de medicamentos também será necessário.
Além disso, a partir dos exames e do diagnóstico, alguns casos necessitarão de cirurgias, tendo por objetivo a remoção do tecido que está em excesso e acaba colaborando para o aumento da próstata.
Essas cirurgias podem ser de três tipos: a cirurgia aberta, endoscópica e laparoscópica.
A melhor técnica a ser aplicada depende dos resultados dos exames e da avaliação médica a respeito do problema.
Como vimos, o resíduo pós-miccional é um excelente indicador na realização de um diagnóstico, quando a partir de sua observação medidas possam ser tomadas para assegurar a qualidade de vida do paciente e resolução do problema.
Para a prevenção e compreensão sobre os melhores tratamentos, o ideal é consultar um médico com frequência e deixar os exames sempre em dia.
O Dr. Elton Sanchotene atende como Urologista em Novo Hamburgo e São Leopoldo. É especialista em tratamentos e diagnósticos de Bexiga Hiperativa, Incontinência Urinária, Prolapso Vaginal, Litíase Urinária e Próstata. Entre em contato e agende sua consulta em nossa Clínica de Urologia.