A incontinência urinária feminina é um quadro bastante comum entre as mulheres. Mesmo assim, os tabus que rondam os sintomas da doença fazem com que a incontinência urinária seja pouco discutida.
Assim, muitas vezes, é comum ouvirmos o seguinte comentário de pacientes: “por que não consigo segurar a urina”?
Muitas vezes, a resposta está nas causas e nos sintomas oriundos da incontinência urinária feminina. Para saber mais detalhes sobre o quadro, siga a leitura do artigo!
A incontinência urinária feminina se refere ao comprometimento da musculatura dos esfíncteres do assoalho pélvico. Diferente de outros tipos de doença, a incontinência urinária não é um quadro recente – em 1.700 a.C., no Antigo Egito, já existiam descrições de incontinência urinária em papiros.
Para que a urina possa ser controlada, é necessário o ato voluntário do sistema nervoso central. No entanto, o comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico, tumores malignos/benignos e a gravidez podem interferir no controle da micção e provocar incontinência urinária.
O principal sintoma da incontinência urinária, como o próprio nome assinala, é a falta de controle para segurar a urina dentro da bexiga. Assim, quando a mulher tosse, penteia o cabelo, se movimenta ou executa exercícios físicos, por exemplo, a urina pode vazar.
Além disso, conforme levantamento conduzido pelo urologista Cristiano Mendes Gomes, do Núcleo Avançado de Urologia e do Centro de Continência Urinária do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, 45,5% das mulheres e 14,7% dos homens entrevistados relataram sofrer com os vazamentos. A pesquisa ouviu 5.184 pessoas. A maioria estava na faixa dos 50 aos 59 anos (34%) e mais da metade (53%) era do sexo feminino.
O estudo foi apresentado no 36º Congresso Brasileiro de Urologia em 2017 e realizado em cinco capitais brasileiras – Porto Alegre, São Paulo, Recife, Belém e Goiânia. O sintoma mais comum relatado é a incontinência de esforço, aquela que acontece ao tossir, espirrar ou levantar peso. Ela foi apontada por 20,4% das mulheres e 2,6% dos homens.
Se você está com problemas para segurar a urina e acredita estar com incontinência urinária, o primeiro passo a ser tomado é a busca de um médico urologista especialista no assunto. Somente o profissional poderá recomendar um tratamento adequado para solucionar o quadro.
No entanto, existem alguns exercícios para incontinência urinária que podem ser conduzidos de forma paralela ao tratamento recomendado pelo médico urologista. Ainda assim, questione seu médico para verificar a viabilidade da realização dos movimentos no seu caso.
Os exercícios de Kegel auxiliam a fortalecer a musculatura pélvica através de atividades simples.
Entre tantos, merece destaque o exercício de contração. Primeiramente, sente-se confortavelmente em uma cadeira, com os joelhos a 90º. Contraia o períneo (ânus e vagina ao mesmo tempo) e relaxe. Você deve contrair e relaxar e o relaxamento deve durar entre 3 a 5 segundos. Realize 10 repetições do exercício, três vezes ao dia.
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