Prolapso genital é um distúrbio que ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos que sustentam o assoalho pélvico. Ao contrário do que muitos pensam, o prolapso não ocorre somente na bexiga, mas sim em diversos outros órgãos.
Os prolapsos genitais possuem uma denominação específica para cada órgão atingido: cistocele (bexiga), uretrocele (uretra), uterino (útero), eritrocele (vagina), enterocele (intestino) e retocele (reto).
Um estudo realizado pela Sogirgs (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul) em parceria com o Hospital Universitário de Canoas, analisou a incidência de prolapso genital em mulheres da região sul do Brasil entre os anos de 2015 e 2020, e constatou maior incidência da patologia em mulheres brancas e com faixa etária entre 60 e 69 anos.
Os prolapsos genitais costumam estar relacionados ao aumento de pressão intra-abdominal em decorrência de gravidez, obesidade e exercícios físicos muito intensos ou sem orientação.
A ocorrência de traumas, como parto vaginal ou acidentes com lesões de períneo, ou também por consequência de problemas genéticos, tabagismo e menopausa.
Quais são os tipos de prolapso pélvico de assoalho existentes?
As chances de ter um prolapso de órgãos pélvicos aumenta à medida que as mulheres envelhecem, pois as estruturas que sustentam a pelve acabam enfraquecendo. Conheça os tipos de prolapso pélvico de assoalho existentes:
Cistocele:
Popularmente conhecida como “bexiga caída”, porque ocorre quando os músculos e ligamentos da parede vaginal superior perdem seu apoio, não conseguindo segurar a bexiga em seu lugar, fazendo com que ela “escorregue” e seja facilmente tocada através da vagina.
Em casos mais avançados, a saliência da bexiga se torna visível fora da vagina. Entre os sintomas mais comuns estão a sensação de peso na bexiga, desconforto na região pélvica, bexiga hiperativa, perda involuntária de urina, entre outros.
Retocele:
Ocorre quando a parede vaginal inferior perde seu apoio, ocasionando um abaulamento da parede frontal do reto, permitindo que o mesmo inche para dentro da vagina. Pode gerar dificuldades nos movimentos intestinais e incontinência de fezes e gases.
Enterocele:
Semelhante ao prolapso do reto, a Enterocele pode ocorrer após uma histerectomia – retirada do útero – e costuma se formar quando o intestino delgado incha através da parte superior da vagina.
Os sintomas costumam se manifestar através de uma pressão na pelve, na vagina e também nas costas. Outros sintomas como infecção urinária, diarreia, dores nas pernas e alterações do hábito intestinal podem acompanhar o quadro.
Como identificar a enterocele e a retocele?
Para diagnóstico da enterocele, da retocele e da maioria dos prolapsos genitais é necessário realizar um exame clínico em posição ginecológica e também em pé.
Muitas vezes, é necessário que a paciente contraia a musculatura para que seja possível visualizar as retoceles durante o exame retovaginal.
Como é feito o tratamento da enterocele e dos outros prolapsos genitais?
O tratamento para problemas de prolapso é individualizado e deve ser escolhido com base nas queixas de cada paciente.
Porém, na maioria dos casos, o tratamento é feito de forma cirúrgica, para que seja possível realizar a correção total do problema do assoalho pélvico.
Para isso, são utilizadas telas sintéticas que cobrem todo o assoalho pélvico com o objetivo de fortalecer os músculos e ligamentos da uretra, vagina e reto.
Como forma de prevenção, a paciente com pré-disposição ao problema pode realizar exercícios pélvicos para fortalecer a região.
Por isso, é muito importante que a paciente conheça seu corpo e realize check-ups periódicos. Agende sua consulta no consultório de Urologia do Dr. Elton Sanchotene!