A dor pélvica crônica pode acometer homens e mulheres, embora seja mais comum no público feminino.
Nas mulheres, em especial, a dor pélvica pode surgir durante o ciclo menstrual, inclusive variando de intensidade, mas ela vem e desaparece.
De forma geral, ambos os gêneros podem sofrer com a dor crônica e quando ela acontece gera desconforto, afeta a qualidade de vida e pode impactar a vida sexual das pessoas.
Quando não identificada e tratada adequadamente, pode levar ao aumento da dor e da frequência urinária, comprometendo, inclusive, a vida e o convívio social da pessoa.
Suas causas são diversas e nem sempre evidentes, por isso o seu diagnóstico exige consulta minuciosa, avaliação do quadro clínico do paciente e investigação através de exames laboratoriais e de imagem.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura.
O que é a dor pélvica crônica?
A dor pélvica é caracterizada por um desconforto sentido na região infraumbilical, ou seja, na parte inferior do tronco abaixo do umbigo e entre os ossos dos quadris.
Como dissemos, especialmente as mulheres podem sentir essa dor durante o seu ciclo menstrual.
Ela se torna crônica quando é persistente e já dura entre quatro a seis meses.
Segundo estudo artigo publicado no MD.Saúde, em média 1 a cada 7 mulheres sofre de dor pélvica crônica (DPC) e aproximadamente 10% das consultas ginecológicas são em virtude desse problema.
Quais são as causas?
A pélvis é a parte mais baixa do abdômen formada por um grupo de ossos que fica entre o quadril.
São esses ossos que envolvem toda a parte do baixo ventre, onde estão a bexiga, o intestino e os órgãos masculinos ou femininos. Além dos órgãos, essa região tem músculos, nervos e vasos sanguíneos.
Geralmente, a dor pélvica crônica pode ser ocasionada em decorrência de alguma lesão na parede intestinal, alguma síndrome do cólon irritável, ou ainda por problemas de bexiga, ou até mesmo em virtude de algum problema nos ossos ou nervos localizados na região.
Nas mulheres, ela pode ser causada ainda por alguma condição ginecológica envolvendo alguma alteração nos ovários, útero e trompas.
Algumas causas ginecológicas para a DPC são: endometriose, pólipo, adenomiose, mioma uterino, prolapso genital e entre outras.
A dor pélvica crônica também pode ser ocasionada devido a problemas específicos masculinos, como:
- Epididimite, que é a inflamação do epidídimo,
- Lesões nos testículos.
Quais os sintomas da dor pélvica crônica?
A dor pélvica crônica pode apresentar sintomas sistemáticos, ou seja, sentidos tanto pelos homens quanto pelas mulheres, entre eles destacamos:
- Disfunção sexual,
- Mialgia ou a conhecida dor muscular,
- Artralgia, a dor articular,
- Desconforto na bexiga,
- Fadiga sem motivos aparentes.
A dor pélvica nos homens pode provocar também desconforto no períneo, a região que fica entre a raiz do pênis e o anus, no púbis, pênis e testículos, além de dificuldade ao urinar.
As mulheres podem sofrer problemas urinários obstrutivos e ter um fluxo lento, intermitente ou irritante. Pode também aumentar a frequência urinária, ou seja, ela irá mais vezes ao banheiro.
Existe tratamento?
Como já dissemos, o diagnóstico é realizado a partir de uma consulta detalhada, análise do histórico clínico do paciente e exames de imagens.
O tratamento dependerá de todo o quadro da dor pélvica crônica, considerando o seu grau de intensidade e os órgãos que ela acomete, em especial podendo ser utilizada medicação e até cirurgia se for necessária.
O tratamento é complementado com outros tipos de terapias e a fisioterapia é uma delas. Algumas vezes a termoterapia também é usada para o alívio das dores.
São indicadas também atividades físicas diárias, bem como exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico e dietas que ajudam no bom funcionamento do intestino.
Agora que você sabe o que é dor pélvica crônica, é preciso compreender que quando um ou mais dos sintomas mencionados persistem por mais de 3 a 4 meses o ideal é procurar um médico urologista o mais breve possível.
O Doutor Elton Sanchotene atua como Urologista desde 1995, fez residência e pós-graduação como Urologista no IUNA (Fundação Puygvert), em Barcelona, e realizou especialização em Fellowship em Uroginecologia Universidade da California (UCLA).
Entre em contato e marque sua consulta, será uma satisfação ajudar a cuidar da sua saúde e do seu bem-estar.