A cirurgia de sling é um dos principais tratamentos indicados para casos de incontinência urinária de esforço, uma condição comum entre as mulheres.
Esse é o quadro em que os escapes de urina acontecem em função de movimentos como sentar, levantar, fazer força, ou mesmo tossir e espirrar, o que costuma estar associado ao enfraquecimento dos músculos que suportam a bexiga.
É importante lembrar que essa é uma condição bastante comum. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 40% das mulheres após a menopausa perdem urina de forma involuntária.
Por isso, conhecer os possíveis tratamentos é fundamental para buscar ajuda e solucionar esse problema, que pode prejudicar a qualidade de vida e o bem-estar.
Continue a leitura e entenda como a cirurgia de sling pode ajudar nos casos de incontinência urinária feminina!
Considerada um procedimento minimamente invasivo, a cirurgia de sling consiste na colocação de uma faixa (um sling) de polipropileno, com cerca de 1 cm de largura, entre a porção média da uretra sob a mucosa da vagina.
O objetivo do procedimento é dar suporte aos músculos e ligamentos que devem dar sustentação para a uretra, fechando-se durante o esforço ou exercício para prevenir a perda de urina.
Em geral, a cirurgia é indicada nos casos em que outras alternativas já foram aplicadas ao tratamento da incontinência por esforço.
Os exercícios para o assoalho pélvico, por exemplo, podem trazer excelentes resultados. Ainda assim, quando não são suficientes, é necessário optar pela cirurgia.
De modo geral, esse procedimento é caracterizado pela colocação do sling de polipropileno, mas existem diferentes formas de fazer isso. Veja abaixo:
Com essa técnica, o sling é inserido a partir de um pequeno corte na vagina, feito sobre o ponto médio da uretra.
Assim, as duas extremidades da faixa são passadas através da vagina, locomovendo-se por meio de dois pequenos cortes feitos acima do osso púbico.
O método transobturatório também começa com uma pequena incisão na vagina, mas as extremidades do sling são passadas por meio de dois pequenos cortes feitos na virilha.
Assim, cada uma das extremidades deve passar pelo forame obturador, que corresponde a uma abertura nos ossos da bacia.
Consiste na mesma técnica do transobturatório mas não existe a necessidade de fazer os orifícios na virilha. É o método menos invasivo.
Até o momento, a cirurgia de sling tem apresentado resultados bastante positivos para as pacientes que optam por esse tratamento.
Muitas delas percebem não apenas a redução da incontinência urinária por esforço, mas até mesmo o seu desaparecimento completo, o que garante muito mais qualidade de vida e bem-estar.
Cabe ressaltar que a eficácia do procedimento parece ser reduzida em dois contextos: pacientes com obesidade ou que já passaram por outras cirurgias na região da vagina.
De todo modo, a recuperação da cirurgia de sling é tranquila e não costuma trazer complicações, ainda que demande cuidados como não levantar peso, prevenir-se contra resfriados, para evitar tossir ou espirrar, e não praticar relações sexuais pelo período de 40 dias.
Além disso, é importante reforçar que existem outras alternativas a serem avaliadas antes de optar pela cirurgia, como é o caso da fisioterapia voltada para o fortalecimento do assoalho pélvico.
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