A disfunção miccional é o termo utilizado para se referir ao aumento, diminuição ou urgência da frequência urinária, ou alterações no jato urinário.
Incontinência urinária, bexiga hiperativa ou bexiga baixa são alguns dos tipos mais comuns de disfunções miccionais.
É importante destacar que para que uma pessoa tenha um processo urinário saudável, é preciso que a bexiga e a uretra estejam com seus movimentos coordenados: a bexiga deve se contrair e, ao mesmo tempo, a uretra e o esfíncter devem ser “abertos”, para que a urina seja eliminada sem pressão, esvaziando totalmente a bexiga.
As disfunções miccionais ocorrem quando os indivíduos manifestam alterações no ato da micção, apresentando problemas variados em relação ao armazenamento da urina na bexiga e o esvaziamento do líquido.
A disfunção miccional pode ser motivada por diferentes questões. Entre elas, merece destaque a incontinência urinária, que atinge principalmente mulheres, mas pode acometer indivíduos de ambos os sexos e idades.
Há três tipos de incontinência urinária:
1 – A relacionada ao esforço, que se deve à fraqueza dos músculos pélvicos ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral, podendo ocorrer perda de urina quando se faz qualquer atividade que força o abdômen, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar;
2 – A incontinência urinária por urgência, que ocorre quando a bexiga contrai-se involuntariamente ocasionando a perda urinária. Existe o desejo miccional e a paciente precisa correr para ir ao banheiro mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina;
3 – A incontinência urinária mista, na qual ocorrem os dois tipos e sintomas de incontinência urinária descritos anteriormente.
Em homens, um dos principais motivadores da alteração miccional é a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), conhecida popularmente como próstata aumentada.
Considerada como uma das principais doenças de próstata, a HBP se caracteriza pelo aumento lento e progressivo da glândula prostática.
A HPB atinge, principalmente, homens a partir dos 40 anos, tendo como principal complicação do caso a obstrução da passagem da urina.
Estima-se que, a partir dos 80 anos de idade, 88% dos homens apresentam esse problema.
Os sintomas mais comuns são: jato urinário fraco e fino, hesitação para início da micção, aumento da frequência urinária, sensação de resíduo pós-micção e gotejamento no final da micção.
Idosos podem apresentar quadros de disfunção miccional por conta de diversos fatores, como por exemplo, alterações próprias do envelhecimento, doenças neurológicas, bexiga baixa, uso de diuréticos, ingestão excessiva de líquidos, situações de demência, problemas de locomoção, entre outros.
Como já falamos em outras publicações aqui no blog, a incontinência urinária em idosos, que é um tipo de disfunção miccional que pode ser bastante desagradável e incômoda, ocasionando até mesmo o isolamento social e a perda da qualidade de vida do idoso.
As disfunções miccionais podem se manifestar através de inúmeros sintomas e formas de apresentação.
Há diversas formas de tratamento para esse tipo de enfermidade, os quais podem variar entre intervenções medicamentosas, fisioterapias, exercícios para o assoalho pélvico, orientações nutricionais e cirurgias minimamente invasivas.
Ultrassonografias e estudos urodinâmicos podem ser necessários para que o quadro seja diagnosticado com clareza.
Por isso, cada quadro merece atenção do médico urologista, com realização de exames, obtenção de um diagnóstico preciso e indicação de um tratamento específico.
Ou seja, quanto antes o paciente procurar ajuda médica, melhor. Deixar o constrangimento de lado e colocar a saúde em primeiro lugar é o melhor caminho. Isso também evita que a doença afete outras áreas importantes do corpo humano, como por exemplo, o aparelho reprodutor e a vida sexual.
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