A Azoospermia caracteriza-se pela ausência de espermatozoides no sêmen masculino, preocupando muitos homens portadores da doença que possuem o desejo de ter filhos.
Se você acompanha o blog e já leu nossas postagens sobre azoospermia não obstrutiva e sobre azoospermia e vasectomia no controle da fertilidade, entendeu os diferentes tipos da doença, as principais características e suas causas.
A cura da azoospermia é sinônimo de preocupação para muitos homens que portam a doença. Existem dúvidas e muitos pacientes desconhecem as possibilidades de tratamento. Além disso, os métodos de tratamento disponíveis costumam ser desconhecidos, gerando apreensão aos pacientes. Felizmente, com a evolução da medicina, a possibilidade de reversão da doença é considerável. O principal objetivo do tratamento da azoospermia é a restituição da capacidade de fecundação do paciente.
A azoospermia divide-se em dois tipos: azoospermia obstrutiva e não obstrutiva. Na primeira, os canais seminais ficam obstruídos, impossibilitando a passagem dos espermatozoides ao sêmen e, consequentemente, impedindo a fecundação do óvulo maduro. Na azoospermia não obstrutiva, o paciente não apresenta espermatozoides na ejaculação devido a causas como defeitos congênitos nos testículos ou traumatismos que envolvem o sistema reprodutor masculino.
Há pouco tempo, a azoospermia era conhecida como uma doença incurável, sem tratamentos viáveis para o paciente. As opções válidas para a gravidez do casal seriam a utilização do sêmen de algum doador para a fertilização in vitro ou então a adoção.
Com a evolução da medicina, foram percebidos pacientes com azoospermia não obstrutiva que frequentemente apresentavam espermatozoides na biópsia testicular. Assim, compreendeu-se que pacientes com azoospermia não obstrutiva também produziam espermatozoides (em menor quantidade), trazendo à medicina uma nova compreensão do caso.
Um dos procedimentos mais adequados para pacientes portadores de azoospermia não obstrutiva é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). É uma técnica de reprodução humana assistida, sendo realizada através da fertilização in vitro.
A dissecção microcirúrgica testicular para captação de espermatozoides – (Micro TESE) pode oferecer melhores resultados ao paciente do que a biópsia normal, realizada sem o auxílio do microscópio. Ela oferece maior probabilidade de encontrar espermatozoides, focando nos locais com maiores chances de captação, garantindo maior índice de sucesso.
Em alguns casos de hipogonadismo hipogonadotrófico, o tratamento clínico pode ser uma opção considerável. Através de uma criteriosa avaliação, o tratamento pode ser bem sucedido.
São diferentes os tipos de azoospermia, portanto, os tratamentos também são variados. Na azoospermia obstrutiva, o tratamento pode ser corrigido de forma cirúrgica. Além disso, caso a cirurgia não seja possível, é viável o recolhimento dos espermatozoides no testículo ou no epidídimo de maneira artificial, através de uma fina agulha. Posteriormente, os espermatozoides serão utilizados para fecundações in vitro.
Se você possui azoospermia, procure um médico urologista. Ele realizará diversos testes e lhe indicará a melhor forma de tratamento para o seu quadro.